EUA negam asilo a família brasileira por intolerância religiosa

 

EUA negam asilo a família brasileira por intolerância religiosa e sugerem mudança para o Nordeste

Um casal brasileiro e seu filho tiveram o pedido de asilo negado nos Estados Unidos sob a alegação de intolerância religiosa por serem praticantes do candomblé, religião de matriz africana. Originários de Goiás, eles recorreram da decisão, argumentando que sofrem perseguição no Brasil. No entanto, o juiz de imigração afirmou que o governo brasileiro tem tomado medidas para proteger minorias religiosas e que o grupo poderia se realocar dentro do país com segurança.

Na decisão, o magistrado ressaltou que, apesar de existirem relatos de discriminação e violência contra candomblecistas, especialmente no Brasil, a religião é bastante popular e celebrada no Nordeste, região que, segundo ele, poderia ser uma alternativa para a família. O juiz também destacou que o governo federal sancionou leis que penalizam atos de intolerância religiosa, mostrando compromisso no combate ao problema.

Dados oficiais indicam que as violações por intolerância religiosa aumentaram no país, atingindo quase 4 mil casos em 2024, principalmente contra praticantes de umbanda e candomblé, que correspondem a cerca de 1% da população brasileira. Mesmo assim, o entendimento dos EUA foi de que a família não comprovou perseguição estatal suficiente para justificar a concessão do asilo, mantendo assim a ordem de deportação.